O leite materno é o alimento ideal para o bebê nos primeiros anos de sua vida, sendo de grande importância para sua sobrevivência, pois atende todas as necessidades nutricionais, imunológicas e psicológicas. Algumas mulheres sentem dificuldade na hora de amamentar pois a produção do leite é “insuficiente”, e diante dessa situação surgem diversos mitos populares sobre o “milagre” de como aumentar a produção de leite e tudo dar certo. Mas atenção, o que realmente é comprovado é que a ingestão adequada de líquidos, a qualidade e adequação alimentar, o estado emocional e físico (stress) da mãe, unidos à forma correta de sucção do bebê, é que vão ajudar significativamente na produção de leite.
Então, vamos à algumas dicas práticas:
Hidratação:
As mamas fabricam cerca de 750 ml de leite por dia e a água responde por 87% da composição do alimento materno. Para dar conta de tamanha produção o ideal é que a mãe consuma em torno de 3 litros de líquidos/dia.
Estado nutricional:
O que vemos na prática clínica é que muitas mães esquecem de se cuidar para dar atenção exclusivamente ao bebê. Porém, uma alimentação balanceada é o que também irá ser fator importante para a produção e qualidade do leite materno.
Estado emocional:
Situações de estresse, depressão, poucas horas de sono e de descanso podem fazer com que a mamãe produza menos leite ou mesmo que o reflexo de descida do leite seja inibido. Os hormônios do estresse são capazes de inibir a ação da prolactina (produção do leite) e da ocitocina (descida do leite).
Sucção do bebê:
O jeito como seu filho vai pegar o peito determina boa parte do sucesso da amamentação. A sucção do bebê aciona as terminações nervosas do mamilo, que levarão para o cérebro da mamãe a afirmação de que existe um bebê querendo se alimentar. O cérebro, então, responde com a produção de um hormônio chamado ocitocina, que favorece a descida do leite. Por isso a “pega” correta do bebê ao seio da mãe é uma das chaves para o sucesso do aleitamento materno. Para que a “pega” seja correta, a boca do bebê deve envolver a maior parte possível da aréola (parte mais escura do seio) e não apenas o mamilo (bico). Na pega correta a boca do bebê fica bem aberta, com as bochechas arredondadas, queixo encostado na mama e o lábio inferior voltado para fora.
Excesso de pimenta, temperos, shoyo e outros condimentos podem também gerar o mesmo desconforto, então evitem em relação à frequência de uso e quantidade.